Imagens Estes nossos moinhos…

Carlos Matos, professor no Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, Castelo Branco

Ainda conheci a figura do moleiro, enfarinhado, nos moinhos junto a açudes cujas águas procurávamos para nos refrescar. E, já lá vão alguns anos, até tive o privilégio de encontrar um moleiro que ia moer pela última vez…


Era o último moleiro do Rio Ocreza. O testemunho de então e as conversas que depois mantivemos, fizeram-me despertar para as diferentes formas, tipologias e disposições que se encontram ao caminhar pelo rio.

Em tempos idos, os moinhos foram uma espécie de monumentos, com o seu mundo, o seu tipo de viva e as suas formas simples, mas altamente eficazes, que durante séculos deram a esta região o pão nosso de cada dia.

Hoje, junto dos ribeiros, quase já só há restos de paredes que as cheias vão desmoronando. Alguns moinhos já pouco se distinguem dos penedos e calhaus rolados do rio, cobertos por vegetação que os envolve e faz desaparecer.

É esse mundo que já não existe, mas que muitos ensinamentos ainda nos pode dar (a sustentabilidade, o uso de energia limpas e renováveis, a produção e transformação de alimentos locais), que aspirei traduzir em desenho…