Análise Grandeza e decadência

Elisa Calado Pinheiro, professora aposentada da Universidade de Beira Interior (UBI)
O aparecimento da indústria de lanifícios na Beira Interior, o seu desenvolvimento, a sua expansão e a sua entrada em crise : breve contextualização histórica que explica a situação que é atualmente a sua…

Após 40 anos da mais intensa desagregação do tecido industrial da Beira Interior, admitir-se como possível a reindustrialização da região poderá considerar-se um utópico desiderato, sobretudo por surgir como uma resposta irrealista na atual conjuntura, apresentando-se como a derradeira oportunidade de combater a situação de desertificação acelerada que nos rodeia. Intente-se então apresentar numa breve revisitação, em perspetiva histórica, a evolução dos lanifícios na Beira Interior, procurando auscultar-lhe os ritmos de desenvolvimento e alguns dos seus mais estruturais bloqueios, com o objetivo de poder aquilatar-se das potencialidades de uma intervenção conjugada de revitalização do tecido empresarial no âmbito da herança cultural laneira, precisamente quando se constata o ritmo inexorável a que esta parece estar destinada pelo desaparecimento dos seus últimos mais diretos atores.
A influência dos recursos naturais

A indústria de lanifícios é indissociável do espaço natural, rico de diversidades, que configura a Beira Interior, uma região propícia a uma autossubsistência garantida pelas atividades agro-pastoris, pela caça, pela pesca nos rios e ribeiros, pelo abastecimento de lenhas e pela abertura à penetração mercantil. O território, polarizado pela forte presença da Serra da Estrela, permitiu a alguns aglomerados populacionais da sua área, a par do desenvolvimento da pastorícia, a especialização no fabrico dos panos. A montanha, ao propiciar ao gado os pastos naturais, foi ponto de encontro dos grandes trajetos da transumância, que a cruzaram num tempo longo, em diversas direções, permitindo ainda o acesso fácil não só à matéria‑prima que alimentou esta indústria – a lã – como à energia indispensável à sua produção e desenvolvimento, a partir da utilização da água e das lenhas que a serra prodigamente oferecia.

Foi nas grandes aldeias e vilas da corda da Serra da Estrela que a indústria de lanifícios nacional, desde cedo, começou a concentrar-se, situação atestada por um número já significativo de documentos medievais. A implantação, ao longo do tempo, das unidades industriais no território permite-nos identificar algumas das suas configurações regionais e dos seus padrões de localização. Para além dos fatores decorrentes da influência dos recursos naturais, terão sido as próprias estruturas socioeconómicas regionais, de base agrária, que potenciaram a evolução da indústria doméstica rural para a manufatura capitalista, dinamizada por uma extensa colónia de cristãos-novos que encontraram nesta região de interior uma oportunidade rentável de negócio, aliada a uma maior segurança pessoal, face ao isolamento que o território propiciava às continuas perseguições da Inquisição, particularmente ativa no séc. XVII e na primeira metade do séc. XVIII. Poderemos facilmente constatar que a importância das fábricas fundadas por um conjunto de empresários cristãos-novos, como os Pereira da Silva, os Pessoa de Amorim, os Mendes Veiga e os Nunes de Sousa pontuou, durante mais de um século, a produção dos lanifícios covilhanenses, desde pelo menos o último quartel do séc. XVIII até ao último do séc. XIX, tendo os seus edifícios marcado a paisagem industrial da cidade até à atualidade.

A Covilhã, sobretudo a partir do séc. XVI, foi-se individualizando como um centro lanificial suscetível de servir de base à aplicação de uma nova política de desenvolvimento industrial do país, logo que se tornou viável realizá-la. A primeira intervenção estatal ocorreu em 1677, com o empenhamento direto de D. Luís de Meneses (1632-1690), terceiro conde de Ericeira, deputado da Junta dos Três Estados e vedor da Fazenda. Consistiu na criação, na ribeira da Carpinteira, da primeira manufatura de Estado, a Fábrica de Sarjas e Baetas, que resultou da concessão de um contrato de exclusivo, feito pelo Estado, a um conjunto de particulares, maioritariamente cristãos-novos, associados para o efeito [1]. A experiência desenvolvida na Covilhã foi replicada pelo conde de Ericeira e, seguidamente por D. Pedro II, em Manteigas, em Melo e no Fundão, se bem que neste último caso, por um escasso período de tempo.

Uma florescente industrialização

No séc. XVIII, no âmbito da política pombalina de fomento da indústria de lanifícios a nível nacional, a Covilhã voltou a ser escolhida pelo poder central para protagonizar uma das suas mais significativas intervenções. Consistiu na criação, próxima da ribeira da Goldra, da Real Fábrica de Panos, uma manufatura estatal fundada pelo Marquês de Pombal, em 1764, e diretamente dependente da Junta do Comércio. Optou-se por transformá-la numa escola de aprendizagem, para servir de modelo aos fabricantes locais, certificar-lhes a qualidade da produção e apoiá-los, sobretudo, na realização das operações de tinturaria e acabamento dos tecidos, que exigiam equipamentos e conhecimentos técnicos mais especializados. O sistema de produção manufatureiro era misto, caracterizando-se pela concentração das operações de ultimação e tingimento e pela coordenação, em regime de produção dispersa, das operações de preparação e tecelagem. Um conjunto de dinâmicos negociantes, maioritariamente cristãos-novos, começou a instalar à sombra da Real Fábrica as primeiras manufaturas, complementando as suas oficinas de tinturaria e acabamentos com novas secções destinadas à concentração da fiação e da cardação que anunciavam o aparecimento das primeiras fábricas verticais.

Até praticamente aos inícios do séc. XIX, a produção serrana destinava-se ao consumo interno. A partir de então, a produção covilhanense, para além de continuar a fornecer os fardamentos militares, até então sob coordenação da Real Fábrica de Panos, passa a abastecer o mercado nacional metropolitano e colonial e, em menor escala, o brasileiro e transfronteiriço. Através das feiras de Mangualde e de Viseu, numerosos comerciantes, sobretudo do Porto, distribuem a produção paneira pelas províncias de Trás-os-Montes e do Minho ou exportam-na para a Galiza e o Rio de Janeiro e, através das grandes empresas é enviada para Lisboa, de onde uma parte embarcava para o Brasil [2].

A conjuntura nacional irá favorecer esta evolução no âmbito das políticas de desenvolvimento industrial empreendidas inicialmente pelas políticas pautais protecionistas de 1837 e, a partir de meados do século, pela Regeneração. Em 1852, é criado, em Lisboa, o Instituto Industrial e, no Porto, a primeira escola industrial do país. Esta, em 1864, viria a ser convertida no Instituto Industrial e Comercial do Porto, tendo-se, neste último ano, estabelecido “desde já escolas industriais em Guimarães, Covilhã e Portalegre, e no futuro nas terras do reino que pela sua importância fabril carecerem delas” [3]. A Covilhã detinha então o poder económico e uma florescente industrialização que justificavam esta distinção. Todavia, estas medidas só passados 20 anos viriam a ser aplicadas pela intervenção direta do ministro António Augusto de Aguiar, que instituiu “de novo” o ensino técnico. Subscrito por ele e por Hintze Ribeiro, por decreto de 3 de janeiro de 1884, para além de oito escolas de Desenho Industrial, viria a ser criada, na Covilhã, a primeira escola industrial do país. Esta, particularmente na área do debuxo, irá desempenhar, durante cerca de um século, um papel crescente na formação dos mais especializados técnicos têxteis não só na metrópole e colónias, como no Brasil.

Ao longo do século XIX, a fonte energética dominante na região era a hidráulica. A primeira máquina a vapor viria a ser instalada em Castelo Branco, numa unidade mista, destinada a fazer acionar uma cardação de lã e um lagar de azeite. Tratava-se da empresa Morões & Cª [4], fundada em 1856 e que trabalhava em exclusividade para a fábrica covilhanense de Francisco Nunes Marques de Paiva [5]. Na Covilhã, só em 1864 se tem notícia da primeira máquina a vapor, destinada a fazer acionar 6 pisões cilíndricos, precisamente nesta última fábrica, considerada então modelar e que viria a ser integrada na Companhia Nacional de Lanifícios [6], de que um dos sócios seria José António Morão, o primeiro visconde de Morão, fundador da firma Morões & Cª [7].

Um movimento operário que ganha consistência

Na indústria covilhanense sobressaía, a par da generalizada carência de instrução profissional, o profundo isolamento provocado pela falta de vias de comunicação, que dificultavam a colocação dos produtos nos mercados de consumo e encareciam o preço da lã proveniente do Alentejo, associados à carência de mercados abastecedores de lãs, para além da de capitais, terreno propício ao florescimento da agiotagem e da usura. Estes condicionalismos eram compensados pelos baixos salários praticados e pela utilização maioritária da energia hidráulica.

Entre 1864 e 1881 registou-se uma significativa evolução. De acordo com os dados do Inquérito industrial de 1881, na região da Beira Interior, a indústria de lanifícios concentrava-se maioritariamente no concelho da Covilhã, contabilizando 17 fábricas completas, 55 incompletas e outras 55 consideradas “pequenas fábricas”. As empresas de maior destaque eram então as de José Mendes Veiga Sucessor e a Campos Mello & Irmão, ambas com mais de 400 trabalhadores cada [8]. Entre 1878 e 1890, a Covilhã foi a cidade portuguesa que registou o maior crescimento demográfico e a maior ponderação da população ativa industrial, só comparável à do Porto com um impacto direto na arquitetura urbana [9].

Em 1890, o concelho da Covilhã reforçava, no contexto regional, a sua notoriedade. Tinha 93 fiações e tecelagens instaladas e 577 pequenas indústrias, 10 tinturarias e 4 pisões. Empregava 4 681 operários (97,5 % dos operários do distrito), dos quais mais de 4 mil eram tecelões, 48 tintureiros e 14 pisoeiros [10]. Detinha 95 % do total de teares da região (125 mecânicos e 1 616 manuais) e instalara já 26 515 fusos de fiação. Estes indicadores atestam a hegemonia industrial do concelho comparativamente aos restantes do distrito, onde predominavam as pequenas fiações e tecelagens em regime doméstico.

Nos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX, o processo de industrialização verificado na Beira Interior, com particular incidência nos concelhos de Covilhã, Gouveia e Manteigas, registou uma acentuada evolução, atendendo ao aproveitamento de um conjunto de circunstâncias favoráveis. Com a instauração da República um conjunto de perturbações sociais veio encontrar um significativo eco na indústria. O movimento operário começara a ganhar consistência política e social. O proletariado começa a insurgir-se contra as condições de miséria em que vivia, reivindicando melhores salários e o patronato passa a responder com uma tentativa de cartelização sobre os salários, os preços da produção e as condições de venda.

O mapa dos estabelecimentos da indústria de lanifícios da circunscrição da região Centro, reportados a 1911, que abarcava os distritos de Viseu, Guarda, Coimbra e Castelo Branco, regista 160 estabelecimentos e 6 037 operários [11]. Apesar de uma ligeira redução, a Covilhã possuía 91 das 95 empresas do distrito, nas quais trabalhavam 3 012 operários e detinha 30 motores a vapor e 24 de explosão, para além dos 79 hidráulicos. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) viria a constituir uma oportunidade para o desenvolvimento da indústria regional, que viu significativamente aumentadas as exportações. Apesar dos anos de crise e pessimismo, das fomes e da peste, a indústria regional aproveitou a conjuntura decorrente de os países beligerantes descontinuarem a sua produção e a carência generalizada de variados produtos de lã, como foi o caso dos cobertores, então produzidos em grande escala, por toda a região.

O reforços das medidas protecionistas

Na sequência da instauração do Estado Novo, em 1926, o corporativismo de associações transmutou-se em corporativismo de Estado. Atendendo à significativa desaceleração do crescimento industrial e à estagnação dos mercados, logo em 1927, foram reforçadas as medidas protecionistas, visando limitar as importações de lanifícios do estrangeiro, sendo seguidas pela legislação que corporizou as políticas fortemente centralizadas e intervencionistas, particularmente, a Lei do Condicionamento Industrial, de 1931, e os regulamentos de 1931 e 1937, que obrigavam à prévia autorização do poder central sempre que se pretendia abrir um novo estabelecimento fabril ou reativar um existente, inoperacional há mais de dois anos, bem como introduzir qualquer modificação no equipamento industrial ou fabril ou a transferência de propriedade industrial para estrangeiros ou outros nacionais, em caso de mudança de local [12].

Em 1930, a atividade têxtil nacional compreendia 877 estabelecimentos que davam trabalho a 37 917 operários[13]. O distrito do Porto liderava, com 235 empresas no sector (27 % do total de empresas têxteis) e com 18 192 trabalhadores (48 % do pessoal), seguindo-se, em número de empresas, o distrito de Castelo Branco, com 153 (17 %) e o distrito da Guarda, com 104 (12 %). Só depois surgiam os distritos de Braga e Lisboa, com 101 e 98, respetivamente.

A região da Beira Interior reunia 29 % do total de empresas têxteis do país, distribuídas principalmente pelos concelhos de Covilhã, Castelo Branco e Guarda. Em segundo plano, distribuem-se pelos concelhos de Gouveia, Seia e Manteigas, no distrito da Guarda. Relativamente ao volume de emprego na indústria têxtil, os distritos de Braga e Lisboa possuíam mais de 5 mil operários cada, ao passo que o de Castelo Branco empregava 3 056 operários, dos quais 2 930 (96 % do pessoal do distrito) trabalhava na Covilhã, e o da Guarda contava com 1 603 trabalhadores, constituindo o concelho de Gouveia o maior empregador distrital, que contabilizava 1 000 operários.

A situação da indústria de lanifícios a nível regional viria a beneficiar da conjuntura internacional decorrente da Guerra Civil de Espanha (1936-1939) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que, pela diminuição da concorrência externa e pelo aumento da procura de fardamentos militares, representavam uma nova oportunidade de expansão. Em 1940, a Covilhã concentrava 60 % da produção têxtil nacional.

A estatística industrial de 1943 [14], referida às fábricas de lanifícios do país, expressa nitidamente o lugar de destaque do concelho da Covilhã no contexto nacional – 132 fábricas, de um total de 404 empresas, o equivalente a 33 % das fábricas de Portugal e a 40 % dos trabalhadores de lanifícios do país. A região da Serra da Estrela, abrangendo a Covilhã, Guarda (62 empresas), Seia (18 fábricas) e Gouveia (15 fábricas), assume-se como o principal centro de lanifícios do país. Mesmo comparando com os dados do pessoal das duas principais cidades de Portugal, verificamos que o distrito de Castelo Branco, pelo peso da Covilhã (5 390 trabalhadores), é o maior empregador, seguido do da Guarda, para o qual muito contribuem os 1 258 operários do concelho de Gouveia.

À escala regional, comparando o número de motores instalados em 1911 com os de 1943, percebem-se as fortes mudanças verificadas na indústria de lanifícios. Os motores elétricos representam agora a maioria do total instalado (1 161 na região), ao passo que, no início da primeira década do século, as rodas hidráulicas constituíam a força dominante, seguida do vapor e dos motores de explosão. No concelho da Covilhã também dominam os motores elétricos, num total de 916, existindo apenas 49 dos motores primários (19 rodas hidráulicas, 16 motores de explosão, 10 turbinas hidráulicas e 1 motor de vapor) e 38 geradores para as caldeiras a vapor. Em 1945, as 140 fábricas da Covilhã empregavam mais de 6 000 operários. Em 1954, contabilizavam-se 310 industriais, com 1 334 teares mecânicos e 723 manuais, e mais de 7 000 operários.

Uma manifesta falta de competividade

A abertura ao exterior proporcionada pela adesão de Portugal à EFTA (European Free Trade Association / Associação Europeia de Comércio Livre), negociada em finais de 1959, facilita o acesso a novos mercados, apesar de amplificar os perigos da concorrência face a uma débil e até então protegida indústria nacional, tendência que viria a acentuar-se até aos inícios da década de 70 afetando o setor têxtil nacional. A indústria de lanifícios portuguesa apresentava-se deficientemente estruturada, registando carências significativas ao nível das condições técnicas e dos elevados custos de produção, acusando um acentuado predomínio das pequenas e médias empresas – 75 % das fábricas empregavam até 50 operários e só 43 detinham mais de 100 trabalhadores – e uma escassa modernização dos equipamentos. Apenas 1 % dos teares eram automáticos, muito longe dos 27 % da França, dos 31 % da Dinamarca ou dos 34 % da Suíça. Por outro lado 75 % do equipamento da fiação de penteado e de cardado e 87 % do equipamento da tecelagem eram anteriores ao fim da Segunda Guerra Mundial [15].

A produção de tecidos da Covilhã que, em 1940, tinha representado 60 % da produção nacional, veio sucessivamente a decrescer, tendo passado em 1950 para 51,3 %, em 1960 para 47,7 % e em 1970 para 35,6 %. A falta de competitividade da cidade acentuou-se ao longo deste período, uma vez que, concomitantemente, se foi registando um aumento do número dos efetivos ocupados na indústria. Assim, enquanto que, em 1940, estes representavam 31 % do total nacional, em 1950 aumentaram para 44,1 % e em 1960 para 43,9 %. Quando em 1970 se tentou realizar uma última reestruturação e modernização, o peso da mão-de-obra passou para 36,4 % daquele total [16]. Nesta data eram já muitos os sintomas de esgotamento do modelo económico de mono-industrialização, até então vigente na cidade.

Em 1974, com o 25 de Abril, o conturbado período que se lhe seguiu refletiu-se no encerramento de um número significativo de empresas industriais. A situação não lhes permitiu resistir ao impacto conjuntural provocado cumulativamente pela crise energética dos inícios da década de 1970 e pela mudança do regime político que as havia encapsulado nas malhas de um protecionismo que lhes empalidecera o vigor que as tinha caracterizado até às primeiras décadas do séc. XX. A perda dos mercados coloniais, em que muitas empresas apostaram em exclusividade, agravada pela subida dos salários, precipitou um desfecho há muito anunciado, transformando a Covilhã e os restantes centros industriais da região em espaços sociais profundamente depressivos. A Covilhã irá apostar numa profunda reconversão que a conduziu à brusca alteração do paradigma económico e social até aí vigente, assente na mono-industrialização e na pulverização empresarial, transformando-se progressivamente numa cidade universitária e de serviços, em complemento ao reduzido número das explorações industriais que subsistiram e que para sobreviver apostaram na modernização tecnológica e na produção em larga escala.

Acompanhando a Covilhã, as restantes localidades desta região serrana não conseguiram resistir á globalização que acabou por privilegiar, aos tradicionais centros industriais europeus, uma nova implantação no Norte de África e em emergentes áreas asiáticas.
O titulo, o subtítulo e os intertítulos são da responsabilidade da redação de Notas de Circunstância.



 [1] Tratou-se de André Nunes, Jorge Fróis e Luís Romão de Sinel.
 [2] Veja-se de João A. de Carvalho Rodrigues da Silva, Memória sobre o estado actual das Fábricas de Lanifícios da Vila da Covilhã que retardam a sua última perfeição, Lisboa, Impressão Régia, 1803, pp. 22-23. Publicada por L. F. Carvalho Dias, Lanifícios, 68, 1955, pp. 356 ; Jorge Miguel Viana Pedreira. Estrutura industrial e mercado colonial : Portugal e Brasil (1780-1830), Lisboa, Difel, 1994, pp. 121-134.
[3] Decreto promulgado em 20 de dezembro de 1864.
[4] Veja-se Elisa C. Pinheiro, Rota da Lã Translana, percursos e marcas de um território de fronteira (...), vol. II, Covilhã, Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, 2009, pp. 487-488.
[5] Elisa C. Pinheiro, Rota da Lã…, vol. II, pp. 608-609.
[6] Elisa C. Pinheiro, Rota da Lã, vol. II, pp. 613-614.
[7] Elisa C. Pinheiro, Rota da Lã, vol I, 2008, pp.  263-264.
[8] Portugal, Repartição de Estatística. Comissão Central Directora do Inquérito Industrial - Inquérito industrial de 1881, , 4 vol., Lisboa, Imprensa Nacional, 1882.
[9] Veja-se Míriam Halpern Pereira, “Os lanifícios da Covilhã e da região serrana: uma discreta expansão oitocentista”, in Actas das III Jornadas de Arqueologia Industrial: A indústria têxtil europeia (...), Covilhã, Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, 2002, pp. 579-580.
[10]Portugal, Ministério das Obras Públicas, Commercio e Industria. Direcção-Geral do Comércio e Indústria – Indústrias fabris e manufactureiras : inquérito de Gabinete”, in Inquérito industrial de 1890, vol. 3., Lisboa, Imprensa Nacional, 1891.
[11] “Portugal, Direcção Geral do Commercio e Industria - Relatório dos Serviços da 2.ª Circunscrição dos Serviços Técnicos da Indústria em 1911” in Boletim do trabalho industrial, Lisboa, 1972, nº 79.
[12] O decreto nº 19.409 de 4 de março de 1931; a lei 1956 de 17 de maio de 1937 e o decreto nº 27772 de 23 de junho de 1937 remodelado pelo decreto nº 27994 de 26 de agosto de 1937.
[13] “Portugal, Direcção Geral do Commercio e Industria - Registo do trabalho nacional : estatística dos estabelecimentos industriais e pessoal empregado, referida a 31 de Dezembro de 1930”, in Boletim do trabalho industrial, Lisboa, 1931, nº 150.
[14] Portugal, Instituto Nacional de Estatística – Estatística industrial de 1943, Lisboa, INE, 1945.
[15] Portugal, Comissão de Planeamento da Região Centro, Reorganização da indústria de lanifícios e a criação de novas indústrias na Cova da Beira : relatório apresentado pelo sub-grupo da ìndústria do Grupo de Trabalho nº6 - Cova da Beira, 1973 [policopiado].
[16] Portugal, Comissão de Planeamento da Região Centro, Reorganização da indústria de lanifícios…, pp. 19-20.